terça-feira, 20 de setembro de 2011

Educação

Alunos de Vale da Pinta voltam à escola
Os pais das crianças que frequentam a escola de primeiro ciclo de Vale da Pinta, Cartaxo, “desistiram” da pretensão da manutenção das três turmas inicialmente previstas, mas exigem apoio educativo e prometem manter-se “muito atentos”.
Pedro Marques, pai de uma das cinco crianças com necessidades educativas especiais (NEE) inscritas naquela escola, disse à agência Lusa que as crianças hoje já foram à escola porque os pais sentiram que, “no medir de forças, tinham o braço mais fraco”.
Contudo, acrescentou, os pais exigem apoio educativo especial, tendo em conta o número de alunos com NEE existentes na escola.
Em resposta às questões colocadas pela agência Lusa, o Ministério da Educação disse hoje que a escola está a “dialogar com os encarregados de educação para encontrar uma solução com serenidade”.
Carlos Raimundo, director do Agrupamento de Escolas D. Sancho I, de Pontével, que integra a EB1 de Vale da Pinta, disse à Lusa que a questão está “resolvida” e que, também com “calma e serenidade”, se resolverão as situações que se colocarem, nomeadamente ao nível dos apoios.
Segundo o Ministério, se Pedro Marques tivesse aceitado colocar o seu filho, com uma problemática do espectro do autismo, num outro agrupamento do concelho dotado de uma “unidade de ensino estruturado”, a escola teria podido formar duas turmas com 20 alunos, com duas crianças com NEE cada.
Pedro Marques disse à Lusa que não lhe foi feita formalmente qualquer proposta nesse sentido, tendo apenas recebido a semana passada, depois de um longo processo de negociação com o agrupamento para a integração do seu filho, o telefonema de uma técnica que lhe colocou essa possibilidade.
Pedro Marques disse que recusou por entender que a unidade referida pelo Ministério - que afirmou funcionar numa antiga arrecadação -, não reúne as condições que preconiza para o seu filho.
“O Tiago sempre andou no ensino integrado, inclusivo, e se calhar é por isso que tem tido a evolução que lhe permite estar hoje numa sala de aula”, disse à Lusa.
Carlos Raimundo adiantou que existe um despacho de 2009 que permite, a título excepcional, a existência de mais alunos com NEE especiais que o previsto por turma, invocado neste caso pela Direcção Regional de Educação de Lisboa para não autorizar a formação das três turmas pedidas.
Por outro lado, esclareceu que não se coloca a situação de algum professor ter ficado sem turma, uma vez que os professores não são afectados a nenhuma escola em particular mas sim ao agrupamento, que faz a distribuição do serviço docente.
@Lusa
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