quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Ambiente

Projecto de reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena avança “lentamente”
O projecto de reabilitação do sistema de tratamento de águas residuais de Alcanena, um investimento de 21 milhões de euros, está a avançar, prevendo-se a sua conclusão em 2013, disse hoje à agência Lusa o presidente da ARH Tejo.
Manuel Lacerda, que preside à Administração da Região Hidrográfica (ARH) Tejo, participou hoje, na câmara municipal de Santarém, numa sessão destinada a lançar a iniciativa SOS Alviela Reabilitar e que incluiu um “ponto de situação dos projetos” previstos no protocolo assinado em Junho de 2009.
Esse protocolo, assinado entre o Instituto da Água (INAG), a ARH Tejo, a câmara municipal de Alcanena e a AUSTRA (Associação de Utilizadores do Sistema de Tratamento de Águas Residuais de Alcanena), previa a realização de seis projectos, que têm avançado a velocidades diferentes.
No ponto de situação feito hoje, a ARH Tejo afirmou esperar concluir até Janeiro de 2012 o projecto de defesa contra cheias da ETAR de Alcanena, atrasado pelas intempéries registadas no inverno de 2009, estando igualmente a ultimar os trabalhos de reconstrução da cascata do mouchão de Pernes (igualmente atrasados pelas cheias de 2009).
O projecto de reabilitação das células de lamas não estabilizadas, lançado em Maio de 2010, continua a aguardar visto do Tribunal de Contas, depois da reclamação feita pela ARH à recusa de visto.
Manuel Lacerda disse à Lusa que a recusa de visto teve a ver com o processo concursal, sublinhando que a decisão de transferir as lamas, “um passivo ambiental que dura há décadas”, para um dos Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos (CIRVER) existentes na Chamusca foi considerada “a mais indicada”.
Em andamento está o projecto de remodelação de 42 quilómetros de colectores, uma intervenção que inclui a separação dos efluentes domésticos, dos industriais e dos pluviais, de forma a optimizar o sistema de drenagem e o funcionamento da ETAR.
Este projecto é feito em articulação com a remodelação da ETAR, numa empreitada cuja candidatura a fundos comunitários vai ser reformulada para aumentar a comparticipação comunitária.
O presidente da ARH sublinhou que as candidaturas iniciais foram feitas a partir de bases “muito genéricas”, sendo agora necessário apresentar “valores mais concretos” e aproveitar as condições financeiras mais vantajosas.
Quanto à promessa feita à população, de avaliação da qualidade do ar, Manuel Lacerda disse que foi assinado este mês o contrato com o instituto da Universidade de Aveiro que vai caracterizar os odores, as partículas e os metais existentes nas proximidades da ETAR com o objectivo de “procurar uma explicação para o que causa os odores e como resolver o problema”.
Os equipamentos foram colocados esta semana, devendo o trabalho final ser entregue em Novembro, adiantou.
@Lusa
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