quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Sociedade


Imagem:A.Anacleto
Ministra da Saúde inaugurou Unidade de Cuidados Continuados no Entroncamento
A ministra da Saúde disse hoje manter o objectivo de dotar a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) de 15 000 camas até 2015, apesar das dificuldades de alguns parceiros em encontrarem financiamento junto da banca.
Ana Jorge inaugurou a Unidade de Cuidados Continuados (UCC) da Santa Casa da Misericórdia do Entroncamento (SCME), uma das 22 cuja abertura é assinalada hoje em todo o país, com deslocações da ministra, dos secretários de Estado Manuel Pizarro e Óscar Gaspar e da coordenadora da Unidade de Missão, Inês Guerreiro.
“Temos feito um trabalho com os parceiros na procura da realização de mais projectos para atingir esse número até 2015, mas obviamente alguns parceiros têm algumas dificuldades em concretizar porque precisam do apoio financeiro da banca e isso nem sempre tem sido facilitado, pelas dificuldades que existem”, afirmou.
Na cerimónia que assinalou oficialmente a abertura da UCC da SCME, Ana Jorge frisou o facto de a rede, ansiada há mais de uma década, ser hoje uma realidade, com 5 000 camas disponibilizadas gradualmente ao longo dos últimos quatro anos.
A UCC da SCME tem já ocupadas as 70 camas existentes, 40 de média duração e reabilitação e 30 de longa duração e manutenção, dispondo ainda de 15 camas destinadas a convalescença.
O vice provedor da SCME, Emídio Rodrigues, disse à agência Lusa que o investimento de 4,4 milhões de euros contou com uma comparticipação de 750 mil euros do Programa Modelar, destinado a financiar o alargamento da rede de cuidados continuados, tendo o terreno sido cedido pela câmara municipal do Entroncamento, que prestou igualmente apoio técnico.
Ana Jorge ficou particularmente agradada com o espaço destinado a ajudar os doentes, dependentes, a recuperarem autonomia na realização de tarefas da sua vida diária.
A ministra sublinhou que o apoio prestado visa a recuperação e o regresso a casa, onde os doentes podem contar com apoio domiciliário, para que “possam viver mais tempo possível no seu espaço”.
“Temos na Saúde cada vez mais pessoas mais idosas, mais pessoas com doenças crónicas, com um tempo de sobrevivência maior, mais dependentes e com necessidade de apoios mais prolongados e estas unidades permitem o apoio transitório entre as casas, os hospitais e o seu regresso”, afirmou.
A RNCCI, impulsionada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e Solidariedade Social, tem vindo a ser concretizada através de parcerias com as Misericórdias e as instituições particulares de solidariedade social (IPPS).
As unidades hoje inauguradas representam o acréscimo de mais 691 camas, passando a rede a contar com perto de 5 000 camas de internamento (754 de convalescença, 1549 de média duração e reabilitação, 2426 de longa duração e manutenção e 163 para cuidados paliativos).
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