Tribunal adia julgamento de funcionária da creche da Misericórdia de Abrantes
O Tribunal de Abrantes adiou hoje o julgamento de uma funcionária da creche da Misericórdia local acusada de dois crimes de maus tratos a crianças, puníveis com pena de prisão entre um a cinco anos.
Os factos que o Ministério Publico entende que fundamentam o despacho de acusação, após denúncia de colegas de trabalho à Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco, remontam aos anos de 2007 e 2008 devido a maus tratos alegadamente infligidos a duas crianças pela acusada, de 51 anos.
Segundo o despacho de acusação, a que a agência Lusa teve acesso, a arguida, residente em Abrantes, “amarrou uma criança à cama para esta dormir, atou outra com um lençol à cama para que dali não saísse, usou grandes quantidades de fita-cola nos sapatos e nas pernas de uma criança para que aquela não se descalçasse e admitiu à mãe de um bebé que lhe dava palmadas para que adormecesse”.
A funcionária, que já foi alvo de dois processos disciplinares instaurados pela Santa Casa da Misericórdia de Abrantes, terá ainda, alegadamente, “obrigado um menino que durante o almoço atirou a carne mastigada para debaixo da mesa a apanhá-la e a comê-la do chão e agrediu uma menina que surgiu junto dos pais com manchas vermelhas no queixo e marcas no pescoço, nariz e sobrancelhas”.
A arguida, que trabalhava na ocasião nas salas dos meninos de um e três anos de idade, tinha como função vigiar as crianças, prestar-lhe os cuidados que necessitassem em termos de higiene e alimentação, deitá-las e auxiliá-las na execução de pequenas tarefas.
O Ministério Público afirma, no despacho de acusação, que a arguida “agiu em consciência e sabia que lhe cabia zelar pelo bem-estar físico e psíquico dos menores que se encontrassem a seu cargo e apesar disso não se coibiu de infligir maus tratos que lesaram física e psicologicamente duas crianças”.
Uma delas, segundo a mãe, que manifestou o desejo de procedimento criminal, “não quer ir à escola, diz que não gosta de andar na escola e quando vai é contrariado”.
Um familiar da outra criança afirmou que aquela “deixou de ser extrovertida”, tendo acrescentado que “após o caso das marcas de agressão ficou muito instável e chorava afirmando não querer ficar na escola”.
Horácio Mourão de Sousa, provedor da Misericórdia de Abrantes, confirmou à agência Lusa que a arguida “foi alvo de dois processos disciplinares internos pelos casos referidos”, com uma primeira sanção disciplinar de 15 dias de suspensão de trabalho, com perda de retribuição e antiguidade, e uma outra de 30 dias, com as mesmas sanções.
“Violava de forma agressiva e reiterada os seus deveres de zelo, diligência, urbanidade e probidade na execução do seu trabalho com tomadas de decisão disciplinadoras impróprias no trato a crianças”, vincou.
“Hoje ainda trabalha na instituição mas já não lida com crianças e só faz trabalhos de limpeza”, acrescentou aquele responsável.
O Tribunal de Abrantes adiou o início do julgamento para o dia 11 de Janeiro de 2011.
O Tribunal de Abrantes adiou hoje o julgamento de uma funcionária da creche da Misericórdia local acusada de dois crimes de maus tratos a crianças, puníveis com pena de prisão entre um a cinco anos.
Os factos que o Ministério Publico entende que fundamentam o despacho de acusação, após denúncia de colegas de trabalho à Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco, remontam aos anos de 2007 e 2008 devido a maus tratos alegadamente infligidos a duas crianças pela acusada, de 51 anos.
Segundo o despacho de acusação, a que a agência Lusa teve acesso, a arguida, residente em Abrantes, “amarrou uma criança à cama para esta dormir, atou outra com um lençol à cama para que dali não saísse, usou grandes quantidades de fita-cola nos sapatos e nas pernas de uma criança para que aquela não se descalçasse e admitiu à mãe de um bebé que lhe dava palmadas para que adormecesse”.
A funcionária, que já foi alvo de dois processos disciplinares instaurados pela Santa Casa da Misericórdia de Abrantes, terá ainda, alegadamente, “obrigado um menino que durante o almoço atirou a carne mastigada para debaixo da mesa a apanhá-la e a comê-la do chão e agrediu uma menina que surgiu junto dos pais com manchas vermelhas no queixo e marcas no pescoço, nariz e sobrancelhas”.
A arguida, que trabalhava na ocasião nas salas dos meninos de um e três anos de idade, tinha como função vigiar as crianças, prestar-lhe os cuidados que necessitassem em termos de higiene e alimentação, deitá-las e auxiliá-las na execução de pequenas tarefas.
O Ministério Público afirma, no despacho de acusação, que a arguida “agiu em consciência e sabia que lhe cabia zelar pelo bem-estar físico e psíquico dos menores que se encontrassem a seu cargo e apesar disso não se coibiu de infligir maus tratos que lesaram física e psicologicamente duas crianças”.
Uma delas, segundo a mãe, que manifestou o desejo de procedimento criminal, “não quer ir à escola, diz que não gosta de andar na escola e quando vai é contrariado”.
Um familiar da outra criança afirmou que aquela “deixou de ser extrovertida”, tendo acrescentado que “após o caso das marcas de agressão ficou muito instável e chorava afirmando não querer ficar na escola”.
Horácio Mourão de Sousa, provedor da Misericórdia de Abrantes, confirmou à agência Lusa que a arguida “foi alvo de dois processos disciplinares internos pelos casos referidos”, com uma primeira sanção disciplinar de 15 dias de suspensão de trabalho, com perda de retribuição e antiguidade, e uma outra de 30 dias, com as mesmas sanções.
“Violava de forma agressiva e reiterada os seus deveres de zelo, diligência, urbanidade e probidade na execução do seu trabalho com tomadas de decisão disciplinadoras impróprias no trato a crianças”, vincou.
“Hoje ainda trabalha na instituição mas já não lida com crianças e só faz trabalhos de limpeza”, acrescentou aquele responsável.
O Tribunal de Abrantes adiou o início do julgamento para o dia 11 de Janeiro de 2011.
*Lusa
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