domingo, 12 de dezembro de 2010

Política

PCP alerta para medidas imediatas de auxílio às vítimas do Tornado na região de Tomar
O PCP vai propor na segunda-feira a audição do Ministro da Administração Interna na Assembleia da República sobre o auxílio às populações de Tomar, Ferreira do Zêzere e Sertã, vítimas de um tornado esta semana.
“O que nos parece é que há muito a fazer nesse domínio e que o Governo deveria equacionar um apoio concreto às pessoas no imediato e nesse sentido vamos propor que o ministro da Administração Interna vá à Assembleia da República para que esta questão seja discutida, para sabermos em pormenor o que é que o Governo tenciona fazer e para podermos discutir aquilo que, do nosso ponto de vista, seja considerado como as medidas imediatas a tomar”, justificou à agência Lusa o deputado comunista António Filipe.
Em Torres Novas, onde hoje participou num almoço de apoio à candidatura de Francisco Lopes à Presidência da República, o parlamentar explicou que da avaliação que o partido tem feito no terreno “relativamente às pessoas, casas e infra-estruturas danificadas pelo recente tornado”, verifica que “o auxílio que era necessário não está a chegar como deveria”.
“Não basta dizer que isto é um problema das seguradoras. É preciso desde logo equacionar linhas de apoio concreto, inclusivamente do ponto de vista financeiro, evidentemente, para os lesados, que não possam recorrer a outro tipo de apoios”, defendeu António Filipe.
O Governo estimou na quinta-feira em 15 milhões de euros os prejuízos provocados pelo tornado, tendo accionado os fundos de emergência municipal, do PRODER e do Instituto de Gestão e Tesouraria para responder aos danos.
“Evidentemente que do nosso ponto de vista é preciso criar linhas de apoio às empresas que viram as suas infra-estruturas danificadas e também aos particulares, que tenham sofrido prejuízos nos seus bens, nas suas habitações e não que estejam cobertos, designadamente por contrato de seguro e isso tudo é preciso ser feito”, declarou.
O parlamentar, que prometeu ainda avaliar a actuação da Protecção Civil, defendeu contudo que “é preciso também que as pessoas no imediato o sejam apoiadas”, exemplificando com “as pessoas que viram as telhas voar e que passaram a ter que viver praticamente ao relento”.
“O Estado tem que disponibilizar meios para que imediatamente as pessoas possam voltar a dormir debaixo de telha”, considerou, sustentando que “há coisas que são de uma intervenção imediata e aquilo que verificamos no terreno é que falhou muita coisa”.
*Lusa
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