quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Política

Eleitos do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal do Cartaxo tencionam fazer uma participação ao Ministério Público
Os eleitos do Bloco de Esquerda (BE) na Assembleia Municipal do Cartaxo anunciaram a intenção de participar ao Ministério Público actos de alegada gestão danosa por parte do executivo socialista que gere a autarquia, gesto que este desvaloriza.
Em comunicado, Pedro Mendonça e Odete Cosme questionam a adjudicação, por ajuste directo, da elaboração do projecto de reorganização orgânica e de serviços da autarquia, alegando desconhecer quer os motivos que levaram à escolha da empresa quer o caderno de encargos.
Além do custo envolvido na adjudicação, 90 000 euros, os bloquistas referem ainda a previsão de aumento dos encargos com pessoal, devido aos cargos de chefia criados, classificando estas medidas como “actos de gestão danosa”.
O presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Paulo Caldas (PS), disse à agência Lusa que “mais uma vez, o Bloco de Esquerda não estudou” o dossier e “gosta de atirar pedras e criar factos políticos em matérias que devem ter estabilidade”.
Paulo Caldas afirmou que o custo do projecto (que inclui a elaboração e o acompanhamento) está “perfeitamente enquadrado” com os valores praticados e que a estrutura aprovada visa cumprir a lei e pensa a organização “para o futuro”, não implicando qualquer aumento imediato dos encargos com pessoal.
Segundo o BE, se todos os cargos de chefia previstos fossem providos, haveria um acréscimo anual de 407 000 euros nos encargos com pessoal.
Em particular, os eleitos do BE referem a possibilidade de existência de 28 coordenadores técnicos (antigos chefes de secção), responsáveis pela coordenação de equipas com 10 elementos, quando os administrativos no actual quadro são 72.
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