terça-feira, 15 de junho de 2010

Educação



Imagem:A.Anacleto
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Ministro da Defesa assistiu em Rio Maior à apresentação e assinatura do projecto piloto “A Minha Escola Adopta um Museu

O projecto piloto desenvolvido na Escola Básica Integrada Marinhas do Sal, de Rio Maior, envolvendo os museus da Marinha e Militar poderá vir a integrar os currículos de escolas de todo o país, num módulo sobre “Cidadania, Segurança e Defesa”.
O repto lançado hoje ao Ministro da Defesa Nacional por João Belém, da associação Amigos do Museu da Marinha, foi bem acolhido por Augusto Santos Silva, que considerou a experiência realizada nos dois últimos anos lectivos em Rio Maior como “muito interessante” e a ser “replicada e alargada a todo o território nacional”.
O ministro da Defesa Nacional assistiu, na Escola Básica Integrada Marinhas do Sal, à assinatura do protocolo de candidatura ao projecto “A Minha Escola Adota um Museu”, que formaliza a experiência de interacção entre a escola, os museus militares, as associações de amigos destes museus e instituições científicas.
O protocolo surge na sequência de uma experiência piloto desenvolvida por duas turmas do segundo ciclo, que iniciaram, no ano lectivo 2008/2009, um processo de aproximação primeiro ao Museu da Marinha e depois ao Museu Militar.
Ana Cristina Martins, coordenadora do projecto na escola, disse à agência Lusa que o protocolo permite assegurar a continuidade do trabalho iniciado e que se veio a revelar transversal a várias disciplinas do conhecimento, desde a História (de onde partiu), à Geografia, ao Português e ao Inglês.
João Belém adiantou que o objectivo é agora, com a ajuda das instituições científicas e de ensino, como o Instituto Superior de Estudos de Segurança da Universidade Lusófona e a Escola Superior de Educação de Santarém, construir um módulo sobre “Cidadania, Segurança e Defesa” a ser leccionado pelos directores de turma na disciplina de Formação Cívica.
O projecto inclui ainda uma vertente de formação, já experimentada na escola de Rio Maior com a formação de oito professores que ficam aptos a generalizar o ensino dos conteúdos, e a criação de um manual de apoio aos professores para leccionarem o módulo.
Por outro lado, os materiais produzidos ao longo dos dois anos da experiência, que podem ser reunidos numa “mala pedagógica”, estão igualmente prontos a serem editados com vista à sua generalização, disse.
Segundo afirmou, existe já uma proposta de portaria conjunta entre os Ministérios da Educação e da Defesa para aprovação dos conteúdos.
Para Augusto Santos Silva, o projecto “conjuga a abertura dos museus militares às escolas, um trabalho conjunto que é uma das melhores maneiras de valorizar o nosso património militar e consolidar nas jovens gerações uma cultura de segurança e defesa, que é uma parte essencial da sua cidadania”.
O protocolo hoje assinado envolve 14 instituições, o que o responsável da associação Amigos do Museu da Marinha considerou um bom exemplo de “democracia participada”.
Augusto Santos Silva visitou uma exposição com os trabalhos realizados pelos alunos no âmbito do módulo “Cidadania, Segurança e Defesa” e outra com os materiais produzidos nas Oficinas de Identidade Nacional, Segurança, Defesa e Direito Internacional.
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