quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sociedade



Imagem:A.Anacleto
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Idosos atropelados mortalmente na estação de Riachos eram irmãos

Os dois idosos hoje atropelados mortalmente na estação de Riachos, Torres Novas, eram irmãos e residiam na freguesia, tendo o funcionário da Refer morrido quando tentava afastá-los da linha, disseram à agência Lusa fontes no local.
Pinto Reis, comandante do destacamento da GNR de Torres Novas, disse à Lusa que aparentemente os dois idosos não se terão apercebido da chegada do Sud Express, comboio que circula a uma velocidade que não lhe permitiu parar.
O funcionário da Refer, um homem com 38 anos natural de Ponte de Sôr, terá tentado ajudar os idosos quando se apercebeu da aproximação do comboio.
O comboio, que circulava no sentido de Lisboa, parou a 800 metros do local do atropelamento, tendo os passageiros sido já transportados em autocarro fretado pela Refer para Lisboa, disse à Lusa o presidente da junta de freguesia de Riachos, Manuel João.
A circulação ferroviária vai continuar interrompida até à conclusão dos trabalhos de identificação e recolha dos corpos, que ficaram espalhados por uma área de 200 metros, adiantou o autarca.
O comandante distrital de operações de socorro, Joaquim Chambel, prevê que os trabalhos possam decorrer até ao princípio da tarde.
Pinto Reis afirmou que as forças de segurança estão a proceder a trabalhos de preservação de vestígios, identificação e recolha de cadáveres e inquirição de testemunhas.
Uma das questões que as autoridades vão procurar esclarecer é se houve ou não aviso de aproximação de comboio sem paragem.
Uma testemunha ocular do acidente disse aos jornalistas não se ter apercebido de qualquer aviso aos passageiros que se encontravam na estação, apenas tendo ouvido o apito do comboio momentos antes da aproximação.
Manuel João disse à Lusa que foi a primeira vez que ocorreu um acidente desta gravidade na estação ferroviária de Riachos, estação que disse ter muito movimento e ser atravessada por muitas composições que circulam a alta velocidade.
Segundo disse, a Refer apresentou ao autarca, há seis meses, um projecto para construção de uma passagem aérea “para evitar acidentes”.
“Já devia ter sido construída”, disse.
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