quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sociedade

Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo exige medidas de segurança, que ponham cobro ao vandalismo e roubo de bens
Os eleitos da assembleia da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo exigem “efectivas medidas de segurança, que ponham cobro ao vandalismo e roubo de bens” que tem gerado um sentimento de insegurança na população da região.
Numa moção aprovada por unanimidade na sua última reunião, a assembleia da CIMT exige que as autoridades responsáveis assegurem “os direitos individuais de cada cidadão relativamente ao seu património, bem como ao seu bem-estar emocional”.
O texto, que será enviado aos ministros da Justiça e da Administração Interna, ao Provedor de Justiça e aos grupos parlamentares, refere “as inúmeras situações de insegurança vividas por praticamente toda a comunidade residente no território do Médio Tejo”.
Essas situações, sublinha, “têm levado a um permanente sobressalto e instabilidade emocional” dos lesados e dos que convivem com esta “infeliz realidade”.
A moção refere o elevado número de assaltos a viaturas, instituições, equipamentos desportivos, escolas, casas comerciais e habitações, edifícios religiosos e pessoas mais fragilizadas, considerando que se tornou “impossível viver sem preocupação constante”.
Aponta ainda o furto, praticamente todos os meses, de cabos de comunicações e energia, privando a população de acesso ao telefone e Internet.
“Os assaltos ocorridos, particularmente a habitações e pessoas mais fragilizadas, para além dos bens desaparecidos, criam, justificadamente, sentimentos de perturbação, impotência, revolta e vingança”, sublinha.
A moção lamenta que, apesar de a situação se arrastar desde há cerca de um ano, não exista notícia da recuperação dos bens furtados nem do julgamento dos criminosos.
Os eleitos apontam as “limitações de meios humanos e materiais” das forças de segurança e a “ineficácia” dos tribunais, pedindo que seja cumprido o direito dos cidadãos a uma “vida tranquila e em segurança”.
Na mesma reunião, a assembleia aprovou ainda uma moção em que pede a recuperação rápida da estrada nacional 361, no troço entre Alcanena e Amiais de Cima, que atravessa o parque natural da Serra d’Aire e Candeeiros e onde têm que ser feitas algumas rectificações de traçado.
Noutra moção, também aprovada por unanimidade, a assembleia da CIMT solidariza-se com os autarcas e a população do Entroncamento na reivindicação dos investimentos necessários na estação ferroviária daquela cidade.
Na sequência de mais um atropelamento mortal, ocorrido no passado dia 12, a moção lembra a urgência de um atravessamento desnivelado das linhas na estação do Entroncamento, uma das mais movimentadas do país.
Exige ainda que a responsabilidade pelas “inúmeras omissões” seja assumida pelo conselho de administração da Refer, pela tutela e pelas entidades reguladoras.
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