quarta-feira, 22 de junho de 2011

Autarquias

Câmara de Benavente pede suspensão das obras na EN 118 durante campanha do tomate
A Câmara Municipal de Benavente decidiu, na reunião de terça-feira, pedir a interrupção das obras que decorrem na ponte da Vala Nova e no pontão da Várzea (Samora Correia), na estrada nacional 118, durante a campanha do tomate.
“Não podemos pôr em risco a produção de tomate, que é algo muito importante para a sobrevivência dos agricultores e para o país”, afirmou o presidente da autarquia, António José Ganhão, lembrando que entre o final de Julho e Setembro, período de colheita e transporte do tomate, existe um fluxo de transporte lento que, associado às obras, “pode pôr em causa a circulação de uma forma geral”.
A Estradas de Portugal comunicou à autarquia, que perante as preocupações apresentadas, se vai reunir na próxima semana com o empreiteiro responsável pela obra para ver da possibilidade de algum ajustamento, “que possa permitir melhor fluidez da circulação”.
Depois disso, irá marcar uma reunião com a autarquia, pretendendo António José Ganhão que nesse encontro estejam presentes, além dos autarcas, as associações de produtores e a administração da IDAL, “a maior fábrica de transformação de tomate do país”, que se encontra instalada no concelho.
As obras tiveram início em Janeiro e têm previsão de conclusão para Setembro, tendo os constrangimentos de trânsito que está a provocar motivado, nomeadamente, a aprovação, pela Assembleia Municipal de Benavente, de uma moção que pede a intervenção da EP “no sentido de encontrar soluções para aumentar o ritmo da obra e minimizar as consequências dos constrangimentos na circulação” e ainda reforçar a sinalização “de modo a prevenir acidentes”.
A moção refere, nomeadamente, que as obras têm causado “inúmeros constrangimentos/prejuízos a milhares de utentes que diariamente utilizam esta via para as suas deslocações”.
Como exemplo, cita o tempo que demora actualmente a viagem entre Samora Correia e Salvaterra de Magos (13 quilómetros), mais de uma hora, contra os 12 a 15 minutos que eram habituais.
A moção aponta o “reduzido número de trabalhadores” envolvidos na obra e o não recurso ao trabalho nocturno para defender a possibilidade de “reformular o plano de obra, de forma a minimizar os impactos negativos junto de milhares de pessoas e de agentes económicos”.
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