terça-feira, 7 de junho de 2011

Sociedade

Subsídios para os prejuízos do Tornado que afectou região de Tomar ainda não se concretizaram
Seis meses depois do tornado que afectou os concelhos de Tomar, Ferreira do Zêzere e Sertã, apenas o apoio ao abrigo do Fundo de Emergência Municipal foi concretizado.
O Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI) ainda não abriu as candidaturas à anunciada linha de crédito que iria apoiar as empresas afectadas e os particulares esperam ainda saber se são ou não apoiados e em que montante.
Céptico, o presidente da câmara municipal de Ferreira do Zêzere, Jacinto Lopes, disse hoje à agência Lusa ter dúvidas de que estes apoios venham a ser concretizados.
Fonte do Governo Civil de Santarém disse à Lusa que, no caso do IAPMEI, apesar dos Ministérios da Administração Interna e da Economia terem emitido o respectivo despacho, o mesmo não aconteceu com o Ministério das Finanças, o que mantém o processo parado.
Quanto aos particulares, adiantou que o levantamento das situações foi feito, sendo o próximo passo a notificação às pessoas que não serão apoiadas no âmbito da Conta de Emergência anunciada após a calamidade natural que atingiu os três concelhos, danificando um total de mais de 800 habitações.
A fonte adiantou que foram excluídas as residências consideradas segunda habitação.
Jacinto Lopes disse à Lusa que “99,99 por cento das situações estão resolvidas, independentemente de as pessoas virem ou não a ser ressarcidas” das verbas gastas com as reparações das suas habitações.
Mostrando-se céptico quanto à concretização dos apoios prometidos, dada a situação actual e a mudança de Governo, o autarca afirmou só não estar mais preocupado porque não há muitas empresas afectadas e as que sofreram danos já resolveram as situações, que não implicaram montantes muito elevados.
O presidente da câmara municipal de Tomar, Fernando Corvêlo de Sousa, disse à Lusa que, no que toca às intervenções do município, que são de pouca monta, estão em fase de lançamento de concurso.
Quanto ao Jardim Escola João de Deus, a associação candidatou ao fundo de emergência a parte que não estava coberta pelo seguro, não existindo ainda despesa porque o concurso demorou, adiantou.
Segundo o autarca, a maioria dos telhados das habitações foi coberta com os apoios da autarquia e das contas de solidariedade, aguardando os particulares a abertura da conta de emergência para receberem a parte que tiveram que pagar.
Os apoios aos municípios foram concretizados em acordos assinados a 07 de Fevereiro com a Secretaria de Estado da Administração Local, que comparticipou em 60 por cento das despesas não cobertas pelos seguros, num total de 1,6 milhões de euros para os três concelhos – Sertã (537,2 mil euros), Tomar (371,5 mil euros) e Ferreira do Zêzere (90,4 mil euros).
*Lusa
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