quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sociedade

PJ deteve casal suspeito de vários crimes nos concelhos de Abrantes e Tomar
A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje a detenção de um casal suspeito de vários crimes de roubo, sequestro e extorsão cometidos com arma de fogo no interior de duas residências em Alferrarede, concelho de Abrantes, e Tomar.
Em comunicado, o Departamento de Investigação Criminal de Leiria da PJ informa que a actividade dos arguidos “consistia no contacto telefónico com os ofendidos, conseguindo a mulher seduzi-los e atraí-los à sua residência com o falso pretexto de que o marido estava ausente”.
“Após entrarem, surgia, então, o marido que, com a ameaça de arma de fogo, conseguia roubar dinheiro às vítimas e levá-las a obter outras quantias, designadamente, através de levantamentos em máquinas multibanco”, explica o comunicado.
Segundo a PJ, no decurso da investigação, “foram localizados e apreendidos vários objectos relacionados com os crimes”, como a arma utilizada, e um computador portátil, documentos e objectos em ouro, estes pertencentes às vítimas.
Fonte da PJ adiantou à agência Lusa que o móbil dos crimes foi a “obtenção de dinheiro fácil”.
“Num dos casos, o casal já conhecia a vítima, um homem com cerca de 45 anos, que lhe tinha feito um trabalho de canalização”, afirmou esta fonte, referindo que a segunda vítima é um “homem de 61 anos que tinha um apartamento para arrendar”.
Segundo este responsável, o casal, “sem ocupação profissional conhecida” e ao qual eram conhecidas “três moradas”, concretizou o primeiro roubo na zona de Alferrarede, em Setembro de 2010, e o segundo em Tomar, no passado mês de Junho.
Sem adiantar a quantidade de dinheiro extorquida às vítimas, a fonte da PJ disse apenas que, num dos casos, foi “emitido um título de dívida em que a pessoa se comprometeu a pagar 2.250 euros”, documento que “foi apreendido”.
O responsável admitiu, ainda, a possibilidade de o casal ter cometido mais crimes.
“É possível que haja alguma situação que nós não conhecemos, porque as vítimas sentiram vergonha de denunciar às autoridades”, declarou.
Os arguidos, de 39 e 44 anos de idade, estão a ser presentes esta tarde no Tribunal Judicial de Abrantes a primeiro interrogatório judicial, para a eventual aplicação de outras medidas de coação.
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