quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Economia

Federação dos Agricultores do Distrito de Santarém requer criação de Plano Nacional de Emergência
O presidente da Federação dos Agricultores do Distrito de Santarém requereu hoje aos deputados da comissão de Agricultura e Mar a criação de um Plano Nacional de Emergência devido aos prejuízos que os produtores de tomate e vinho vão ter.
De acordo com Armando Freitas, os produtores de tomate vão ter prejuízos na ordem dos 25 milhões de euros por causa do mau tempo que se fez sentir desde Maio.
“Ainda corremos o risco de sermos penalizados por Bruxelas por incumprimento das quotas”, acrescentou.
Segundo Freitas, o prejuízo no sector da vinha deve atingir os 75 por cento, mas “há quem diga que as coisas serão piores”.
Ao dar um exemplo, indicou que “a cooperativa de Almeirim, que costuma ter 20 milhões de litros, espera ter três ou quatro”.
Armando Freitas ressalvou aos deputados que, apesar desses prejuízos, as adegas cooperativas vão ter os mesmos gastos.
“A situação é sombria. Se não houver da parte do Governo alguma forma de entreajuda a este sector, as coisas vão complicar-se”, acrescentou.
“Defendemos a criação de um Plano Nacional de Emergência”, disse o presidente da Federação aos deputados.
O deputado do PSD Nuno Serra mostrou-se preocupado com a situação dos agricultores do Ribatejo, que afirmou “não ser habitual”.
Por seu lado, o socialista Miguel Freitas defendeu que “é preciso assegurar que os agricultores não perdem os fundos a que têm direito em Bruxelas”.
Para Manuel Isaac, do CDS-PP, o “grande problema é encontrar soluções para que as seguradoras assegurem estes problemas”.
O deputado Agostinho Lopes, do PCP, considerou que este problema está a atingir “dimensões trágicas para a vitivinicultura portuguesa, um setor estratégico para a economia” do país.
“Precisa de ter uma resposta imediata”, disse.
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