quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Sociedade

CGTP diz que o desemprego se combate com outras politicas

Baseando-se nos números apresentados recentemente pelo IEFP sobre a situação do desemprego no país, a CGTP-IN emitiu um comunicado, onde constata, com profunda preocupação, a situação que se vive na generalidade dos sectores económicos, com especial incidência do flagelo do desemprego no sector dos serviços e no sector da indústria.
Por outro lado, analisando a evolução do desemprego, verifica-se que o agravamento da situação económica se faz sentir com forte intensidade no sector produtivo, com o desemprego dos “operários e trabalhadores similares da indústria extractiva e construção civil” a crescer mais de 93% e o dos “trabalhadores da metalurgia, metalomecânica e similares” mais de 63% em um ano.
O desemprego registado continua a penalizar fortemente os jovens, ao aumentar num ano 32% - mais 15 359 jovens desempregados e, num só mês 632 - mais 1%.
Na óptica da CGTP, cada vez mais a precariedade é a principal responsável pelo aumento do desemprego, considerando que 41% dos novos inscritos nos Centros de Emprego resultam da não renovação de contratos temporários.
Realça ainda aquela confederação, que no mês de Julho, foram eliminados dos ficheiros do IEFP 46 835 inscritos, situação que a CGTP-IN exige que seja esclarecida.
Os dados divulgados pelo INE que revelam a existência de mais de 635.000 desempregados, conjugados com os divulgados pelo IEFP, que evidenciam uma tendência para o aumento do desemprego generalizada sem a atenuante da sazonalidade, são elucidativos da insuficiência das medidas que vêm sendo adoptadas.
Como se verifica, a propalada estabilidade da evolução do desemprego não passa de uma mistificação. Aquela confederação sindical, contesta ainda no comunicado, o que o Primeiro Ministro afirmou sobre a situação do desemprego, «o combate ao desemprego não passa pelo “sangue frio”, mas pela ruptura com as políticas seguidas e a implementação de um conjunto de medidas que reforcem, no imediato, a protecção social dos desempregados, dinamizem a economia com vista à criação de mais e melhor emprego e respondam às necessidades e anseios dos trabalhadores e dos seus agregados familiares», salienta a estrutura sindical no comunicado emitido.
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