sexta-feira, 29 de maio de 2009

Vida Laboral

Da União de Sindicatos de Santarém (USS/CGTP), recebemos uma "Nota à Comunicação Social" com solicitação de publicação, a qual transcrevemos na íntegra.
--------------------------------------
USS/CGTP-IN
Nota à Comunicação Social de 29-05-2009
O NERSANT NÃO TEM RAZÃO
Quando se é responsável pelo estado a que chegaram muitas empresas e o país e se é confrontado com a exigência de tomadas de medidas, designadamente, o pagamento do salário abusivamente retido pelos patrões—o mais fácil é inventar desculpas para fugir à questão.
É o caso da Direcção do NERSANT nas considerações que faz ao processo de luta dos trabalhadores da IFM pelo pagamento de salários e pela viabilização da empresa.
Assim:
1. O Presidente do Nersant, em 18 de Março, pediu à USS/CGTP-IN que retirasse a IFM do seu calendário das empresas prioritárias para intervenção urgente porque tinha garantias de que a questão dos salários estava resolvida;
2. A USS/CGTP-IN, com gosto aceitou o pedido, definiu outras prioridades mas, acabou por verificar que as garantias dadas pelo Presidente do Nersant não se confirmavam;
3. Sem matérias primas para laborar, com salários em atraso, com a saida de produto final sem se saber para quê, com o patronato a fugir dos trabalhadores, o futuro da IFM, necessitava de medidas de choque;
4. Os trabalhadores lutaram e sacrificaram-se pelo futuro da IFM e ao fim duma semana de luta, o patronato, lá se decidiu a pagar o mês de Abril e a dizer que estava em negociações com o governo;
5. Em resultado da luta e das pressões dos trabalhadores junto do poder politico, ao que parece, o patronato viu o processo a andar mais rápido;
6. Por isso, os trabalhadores fizeram um intervalo nas acções que vinham desenvolvendo até dia 5 de Junho;
7. Naquele dia se saberá o que vale o patronato e que garantias vai dar quanto ao futuro da IFM;
8. A suspensão da participação do Nersant na Comissão do Governo Civil, não adianta, nem atrasa nada, pela simples razão de que a USS/CGTPIN nunca deu, nem dará cobertura a operações de cosmética social e politica e, era precisamente isso que o governo e o patronato tinham combinado: “não levantar ondas”;
9. A USS/CGTP-IN como é seu dever e obrigação, tudo continuará a fazer para que os direitos dos trabalhadores e os postos de trabalho sejam defendidos e reafirma a exigência de acompanhar a aplicação de apoios e/ou fundos publicos que sejam entregues ao patronato, bem como, que os trabalhadores obrigados à redução do salário (lay off), mais tarde sejam recarcidos.
A Direcção
-------------------------------------------