terça-feira, 7 de abril de 2009

Sociedade



Imagem:A.Anacleto
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Secretário Geral da CGTP - Carvalho da Silva alertou em Tomar para o perigo de explosão social

Na visita que o Secretário Geral da CGTP realizou hoje a Tomar de solidariedade com os trabalhadores de empresas da região, o mesmo, chamou a atenção para o perigo das medidas de apoio do Governo à crise económica camuflarem "explosões sociais", que poderão ser elevadas no futuro.
"Os trabalhadores são importantes para o país não por serem um problema social, mas porque são a força do trabalho, afirmou Carvalho da Silva. Quando verificamos que há preocupações centradas em “tapar os buracos” para que não haja explosões sociais, há que ter cuidado porque a explosão pode ser muito maior à frente, com prejuízos muito maiores para o país", acrescentou aquele dirigente sindical.
Na cidade de Tomar, antes de encontros com os trabalhadores da Indústria de Fibras de Madeira - IFM (Platex) e da João Salvador, que se debatem com atrasos no pagamento de ordenados, o secretário-geral da CGTP rotulou a visita como um acto de "solidariedade", "indignação" e de apresentação de propostas, que a União dos Sindicatos de Santarém (USS) apresentou ao Governo, através do Governo Civil de Santarém e da Associação Empresarial da Região de Santarém (NERSANT).
"A preocupação, no imediato, é apenas cuidar do problema social. Se verificarmos, há preocupações com os trabalhadores, porque pode, a sua instabilidade absoluta, criar rupturas sociais e explosões, há que dar umas migalhas, um subsidio a este e àquele", citou Carvalho da Silva, realçando ainda a necessidade de "mobilizar a sociedade para defender o emprego até ao máximo".
O líder da CGTP, defendeu ainda que os trabalhadores devem ser "elementos centrais de produção de riqueza e acompanhamento dos processos das empresas e dos serviços públicos".
"O ministro da Economia, anda alegre, a distribuir cheques aos grandes patrões e estão a entregar volumes imensos de dinheiro, sem que haja acompanhamento e rigor na execução", salientou Carvalho da Silva.
De acordo com o Secretário-geral da CGTP, a "saída da crise passa, inevitavelmente, por uma mudança de práticas ao nível das empresas, mas sobretudo de propostas novas para a juventude".
A administração da IFM aceitou encontrar-se com o secretário-geral da CGTP, enquanto os responsáveis da João Salvador mostraram "interesse em reunir" com os sindicalistas, assegurou o coordenador da USS, mas sem a comunicação social dentro das instalações das empresas.
Nas doze medidas propostas pela USS ao Governo, Valdemar Henriques, Coordenador da União de Sindicatos de Santarém, destacou o ajustamento do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) ao cenário de crise actual, o pagamento das dívidas do Estado e das autarquias às empresas, a redução dos preços da energia, regular o pagamento do IVA apenas após o pagamento, a suspensão do pagamento especial por conta e a criação de um fundo de reestruturação de empresas, para "apoiar as empresas com viabilidade económica, financiado pelas empresas que dispõe de melhor situação económica".
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