sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ambiente

Ministério do Ambiente exige solução para ETAR dos Carochos em Abrantes

O Ministério do Ambiente considerou "insustentável" que a ETAR dos Carochos, em Abrantes, despeje directamente para o Tejo, e levantou um auto de notícia à Câmara.
Simultaneamente, segundo fonte da Administração da Região Hidrográfica do Tejo, o Ministério notificou a autarquia no passado dia 27 de Março, dando-lhe um prazo de 20 dias úteis para que apresente uma proposta de solução para o problema.
Entretanto, na resposta a um requerimento apresentado pelo Bloco de Esquerda em Fevereiro, o Ministério do Ambiente refere que, “após visita dos serviços de fiscalização foi mesmo constatada a situação de abandono que a ETAR dos Carochos se encontra.
O efluente é encaminhado presentemente para a zona da ETAR através de emissário e encaminhado por tubagem em muito mau estado para uma linha de água afluente do rio Tejo, pode ler-se no documento, que acrescenta que “a ETAR, pertença da Câmara de Abrantes, está fora de serviço por abandono, denotando um avançado estado de degradação”.
O Ministério da tutela, “considera que se trata de uma situação de infracção, pelo que foram desencadeados os mecanismos legais para repor a legalidade da situação”, acrescentando ainda que oficiou a Câmara, “dando-lhe um prazo de vinte dias para apresentar uma proposta de solução que permita resolver esta situação", que considera "insustentável”.
Nelson de Carvalho, presidente da autarquia, disse à agência Lusa que este “é um procedimento normal”, justificando as anomalias verificadas na ETAR dos Carochos com “um processo judicial que se arrasta há dez anos”, entre o município e a empresa construtora. Disse ainda que “a autarquia poderá optar por construir uma nova ETAR ou por construir uma estação elevatória que reconduza os esgotos para a estação geral de tratamento”.
É possível que, esta seja a melhor opção, por ser mais rápida e mais barata e permitir um nível de tratamento mais elevado”, disse o autarca abrantino.
Mais afirmou Nelson de Carvalho "que é necessário estabelecer ainda um acordo com a empresa concessionária”, adiantando que o processo deverá ser lançado ainda no corrente ano.
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