sábado, 31 de janeiro de 2009

Sociedade



Imagem: A.Anacleto
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Padre Lino Maia reeleito presidente da CNIS

Em sufrágio realizado esta tarde em Fátima durante o IV Congresso da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social, a lista presidida pelo padre Lino Maia venceu com larga margem a lista que era liderada por outro sacerdote, Carlos Gonçalves.
A lista A, encabeçada por Lino Maia, conquistou 369 dos 581 votos entrados nas urnas, enquanto que, a lista B, arrecadou 207 votos, ainda houve quatro votos brancos e um nulo.
Foi elevada a participação das Instituições filiadas naquela estrutura na votação para os órgãos sociais, tendo-se prolongado durante mais de três horas do que o horário previsto.
O ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, acompanhado pelo Secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques encerraram ao início da noite o Congresso.

CNIS cria fundo social de emergência

A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) anunciou esta tarde em Fátima, a criação de um Fundo Social de Emergência para responder ao aumento de pedidos de ajuda por parte da população.
«Trata-se de um fundo de solidariedade social de emergência para atender a situações precárias, sobretudo de pessoas mais do que instituições», declarou à agência Lusa o presidente da CNIS, o padre Lino Maia, à margem do IV Congresso Nacional das instituições de solidariedade.
Questionado como vai obter o financiamento, Lino Maia, disse que será junto de «todas as fontes», desde o Governo ao mecenato, passando pelo sector empresarial e comunidade em geral. As verbas serão depois canalizadas para as instituições particulares de solidariedade social (IPSS) que, por sua vez, apoiarão as pessoas e famílias com necessidades, um processo ao qual o presidente da CNIS garantiu a «máxima transparência». «Para se saber, a todo o momento, aquilo que foi dado e o que foi entregue», explicou o padre Lino Maia, acrescentando que as IPSS «não estavam preparadas para fazer um esforço extra» decorrente da actual crise.
«As IPSS estão também a serem vítimas da crise», sublinhou o presidente.
O presidente da CNIS observa que «há muita gente a passar fome» e que a «pobreza está a aumentar», situações que atribui ao «desemprego» e «à impossibilidade de muitas pessoas cumprirem compromissos assumidos».
«As perspectivas são dramáticas», afirmou ainda o padre Lino Maia.

Vieira da Silva, anunciou hoje que as medidas de criação de emprego no sector solidário serão uma realidade "dentro de muito poucas horas".

Fonte do Ministério disse à agência Lusa que o pacote de medidas será apresentado na próxima segunda-feira, quando Vieira da Silva anunciar a Iniciativa Emprego 2009, destinada a apoiar os jovens no acesso ao emprego, apoiar o regresso à vida activa, lutar contra o desemprego e alargar a protecção social.
Após o encerramento do IV Congresso da CNIS, Vieira da Silva afirmou que vai ser dada às "entidades não lucrativas, às organizações não governamentais, onde se incluem as instituições de solidariedade, a oportunidade de poderem ter o apoio do Estado para terem ao seu serviço durante um período de tempo trabalhadores que estejam em situação de desemprego".
"Essa é a principal prioridade", afirmou o ministro, acrescentando que os trabalhadores "terão uma compensação adicional" para desempenharem funções de interesse social.
"A cooperação com as instituições de solidariedade tem estado muito orientada para a acção social", afirmou Vieira da Silva, considerando que essa cooperação pode ser agora ampliada "no domínio do apoio ao emprego".
Questionado com a decisão tomada hoje pela CNIS de criar um fundo de solidariedade social de emergência, o ministro afirmou que "o ministério tem, naturalmente, fundos de emergência social que são aplicados em situações de crise".
Vieira da Silva também recordou, que embora a CNIS seja a entidade mais representativa em termos de número no âmbito do trabalho social, existem ainda outras como a União das Misericórdias e a União das Mutualidades.
"Eu terei que discutir e conversar com os dirigentes da CNIS e com os representantes de outras instituições para entender bem o que se pretende", disse Vieira da Silva, admitindo que, "se a ideia for viável e concretizável", o princípio da cooperação "permitirá trabalhar nessa área".
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Fonte: Lusa
A.A.