terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Saúde

CUSMT preocupada com encerramento de extensões de saúde
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) encara com “séria apreensão” o “sério perigo” de muitas extensões de saúde da região encerrarem a 01 de janeiro. Num comunicado emitido no âmbito da reflexão que a CUSMT está a fazer sobre o relatório final para a reforma hospitalar e sobre a prestação de cuidados de saúde, a comissão refere, em particular, a situação que considera preocupante nos concelhos de Abrantes, Ourém, Torres Novas e Alcanena. A comissão lamenta que, nos contactos estabelecidos com responsáveis da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, se perceba que “não há solução para a substituição dos profissionais (médicos, enfermeiros e administrativos) cujos contratos de prestação de serviços acabam no fim do ano (alguns por imposição de normas governamentais)”. Para a CUSMT, o anunciado aumento das taxas moderadoras para limitar o acesso às urgências hospitalares é uma medida “hipócrita”, uma vez que não há cuidados de saúde de proximidade suficientes, uma situação que “tende a piorar a breve prazo, com a impossibilidade de manter abertas dezenas de extensões de saúde por falta de recursos humanos”. A comissão considera que a centralização de serviços dificulta o acesso à saúde de populações envelhecidas, solitárias, com poucos rendimentos e sem transporte e adverte que não poderá concordar com uma reorganização do Centro Hospitalar do Médio Tejo que afete “a qualidade e proximidade”. Além disso, alerta os autarcas do Médio Tejo para a política do “facto consumado”, ou seja, o encerramento de serviços “sem aviso prévio e sem qualquer tentativa de procurar alternativas para minorar as nefastas consequências para as populações”.
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