sábado, 11 de fevereiro de 2012

Sociedade

Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos impedidos de fazerem pagamentos
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos continua sem poder fazer pagamentos, incluindo aos elementos da corporação, já que a Assembleia-Geral que se destinava a eleger um novo tesoureiro acabou com a convocação de eleições. Marco da Raquel, presidente da mesa da Assembleia-Geral da AHBVSM, disse à agência Lusa que, perante a demissão dos órgãos sociais, na passada terça-feira, os pontos em agenda para a assembleia-geral marcada para a noite de sexta-feira ficaram sem efeito. Para cumprir a lei, que obriga à publicação da convocatória das eleições num jornal local com oito dias de antecedência, a assembleia-geral eleitoral ficou marcada para o próximo dia 24, tendo Marco da Raquel desafiado os associados, sobretudo os que forçaram a demissão da direção, a apresentarem uma candidatura. Lamentando não poder, legalmente, proceder de imediato à eleição e tomada de posse de novos órgãos sociais, Marco da Raquel frisou que a situação dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos “é muito complicada”. Desde a demissão, e saída, do tesoureiro, em novembro, que a direção está impossibilitada, estatutariamente, de movimentar dinheiro, estando por pagar “pelo menos dois salários e certos complementos” aos bombeiros e em risco o abastecimento de combustível e mesmo o oxigénio para as ambulâncias, disse. Segundo afirmou, foram analisadas várias possibilidades, nomeadamente a de constituição de uma comissão administrativa, mas, pedido um parecer jurídico, a direção entendeu que a forma mais rápida de resolver o problema seria a eleição de um novo tesoureiro. A Assembleia-geral destinada a esse fim foi marcada para esta noite, mas a contestação de vários associados, que exigiram a queda da direção, levou a que nenhum dos pontos agendados, incluindo o que previa a alteração dos indigitados para assinatura de uma escritura com o Banco Espírito Santo, para reformulação da dívida da corporação, fosse discutido. “Queremos rapidamente alguém que possa assinar cheques e o protocolo” com o banco para “pelo menos podermos pagar”, disse, referindo, em particular, a situação dos bombeiros, alguns dos quais já a depender da ajuda de familiares. “É muito triste. Não esperava que chegássemos a esta situação”, disse.
---------------------------------------------------------------------------------