segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Saúde

Unidade de Cuidados Continuados de Coruche aguarda acordo para começar a funcionar
A Santa Casa da Misericórdia de Coruche tem pronta, desde o final de 2011, uma Unidade de Cuidados Continuados que aguarda a assinatura de um acordo com a Administração Regional de Saúde para começar a funcionar, disse fonte da SCMC. Manuel Sombreireiro, membro da Mesa da SCMC, disse à Lusa que a unidade, com capacidade para 30 utentes (15 de média e 15 de longa duração) e possibilidade de alargamento para o dobro, só pode começar a funcionar quando o acordo for assinado. “Estamos aflitos, porque temos compromissos bancários que assumimos para fazer a obra e precisávamos que entrasse em funcionamento se possível já amanhã”, afirmou, adiantando que a última indicação que recebeu da ARS de Lisboa e Vale do Tejo é a de que o acordo será assinado no princípio de maio. Contactada pela Lusa, a ARS-LVT confirmou que a data prevista para a inauguração da Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Coruche é 02 de maio, não adiantando os motivos porque não acontece mais cedo. Segundo a ARS-LVT, atualmente existem cerca de 600 doentes a aguardar vaga para todas as tipologias de cuidados continuados integrados e para integrarem unidades da região de Lisboa e Vale do Tejo. “Na região de Lisboa e Vale do Tejo espera-se a abertura de novas unidades ainda para este ano, mas não estão ainda determinadas as datas”, adiantou a fonte da ARS-LVT. De acordo com os dados facultados à Lusa, na região de Lisboa e Vale do Tejo atualmente existem 157 lugares na tipologia de convalescença, 356 lugares na tipologia de média duração e reabilitação, 571 lugares na tipologia de longa duração e manutenção e 63 lugares na tipologia de cuidados paliativos. Manuel Sombreireiro afirmou que a Misericórdia de Coruche tem já contratada parte das cerca de 30 pessoas que irão trabalhar na Unidade de Cuidados Continuados, frisando que, em cada dia que passa, está a ser usado dinheiro necessário para manter os perto de 200 idosos que a instituição apoia. A Unidade de Cuidados Continuados Integrados de Coruche custou 2,5 milhões de euros, tendo recebido uma comparticipação de 700 mil euros da administração central (120.000 ainda por pagar), tendo a Misericórdia conseguido financiamento através da hipoteca de parte da herdade onde se situa a UCC e o lar, doada por uma benemérita de Coruche, disse. “Está equipada de tudo. Não falta nada, só os utentes”, afirmou Manuel Sombreireiro, frisando que o equipamento foi feito de forma a poder duplicar a sua capacidade, para as 60 camas. Segundo disse, esta UCC, que vai integrar a Rede Nacional de Cuidados Continuados, tem já contratados dois médicos, cinco enfermeiras, um fisiatra, uma assistente social e uma administrativa e “apalavradas” mais 15 enfermeiras, algumas das quais se encontram desempregadas. O edifício foi construído seguindo princípios de boas práticas energéticas, tanto ao nível do aquecimento (com recurso à geotermia) como da iluminação (que tem em conta, por exemplo, as limitações dos doentes com Alzheimer) e dos equipamentos, estando dotado de ginásio, “jardim terapêutico”, gabinete de terapias e eletroterapia, entre outros, sublinhou. A SCMC tem atualmente 80 idosos no lar – e uma lista de espera de 570 -, dando ainda assistência domiciliária a cerca de 140 (dos quais apenas 70 com apoio da Segurança Social), afirmou, sublinhando que, dada a extensão do concelho, os carros que prestam este serviço fazem uma média de 11.000 quilómetros por mês. “Todos os meses estamos a gastar 1.500 euros em gasóleo, quando há uns meses gastávamos 900 euros”, disse.
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