sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Autarquias

Autarquia de Salvaterra de Magos disponibiliza combustível aos Bombeiros Voluntários
A Câmara de Salvaterra de Magos começou hoje a disponibilizar combustível para auxiliar a corporação de bombeiros voluntários, que, segundo o comandante, atingiu o "ponto de rutura" na prestação de socorro. "Temos duas ambulâncias de socorro e outras viaturas paradas por falta de combustível, outras porque estão na oficina ou não têm seguro, pelo menos dois salários e complementos em atraso" aos bombeiros "e falta muito material, como pensos e o oxigénio para as ambulâncias", disse José Vitorino. Em declarações à Agência Lusa, o responsável frisou que a falta de capacidade de resposta é alheia à corporação e disse que o problema se centra em questões de foro financeiro e diretivo, acentuados, em primeiro lugar, pela demissão do tesoureiro, em novembro último, e, mais recentemente, pela demissão do presidente da direção da associação, devido à "situação caótica" gerada pela saída do tesoureiro e pelas "tentativas de ingerência" no trabalho da direção. "O que noto é má vontade, tanto de uma parte como de outra [tesoureiro e presidente], e o que é certo é que neste momento a corporação já tem falta de tudo e isto está preparado para parar se não se ultrapassarem rapidamente os problemas diretivos", vincou o comandante em exercício. As eleições que podem permitir a viabilização da corporação e a constituição de uma nova equipa diretiva estão agendadas para o dia 24 de fevereiro. Até lá, os bombeiros vão poder abastecer as suas viaturas no parque da autarquia, uma oferta hoje disponibilizada pela Câmara Municipal de Salvaterra de Magos e que o presidente demissionário disse ter aceitado "com muita satisfação". Em declarações à Lusa, António Malheiro disse que a atitude da autarquia foi "muito bem-vinda e aceite prontamente", adiantando que a mesma "decorre em conformidade com as responsabilidades da autarquia", no apoio à prestação de socorro. O responsável assegurou ainda à Lusa que não vai concorrer às eleições do próximo dia 24 - "de modo nenhum" – e referiu que "quem fez cair a direção é que deve avançar e tentar fazer melhor". Desde a demissão e saída do tesoureiro, em novembro, que a direção está impossibilitada, estatutariamente, de movimentar dinheiro e de fazer pagamentos e de cumprir compromissos assumidos com fornecedores. Em outubro, António Malheiro já havia declarado à Lusa que a situação financeira da corporação - que conta com perto de 60 elementos, entre voluntários e profissionais, e 14 viaturas - era "extremamente difícil", não descartando na altura o cenário de esta "poder fechar as portas".
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