sexta-feira, 5 de junho de 2009

Meio Ambiente



Imagem:A.Anacleto
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Assinado protocolo para viabilização da solução ambiental do Alviela

Foi assinado esta manhã em Alcanena o protocolo para a resolução da poluição do Alviela. O documento foi assinado por quatro entidades que vão estar envolvidas na resolução do problema ambiental da região - Câmara Municipal de Alcanena, Instituto da Águas (INAG), Administração da Região Hidrográfica do Tejo (ARHT) e AUSTRA. O sofrimento das populações ribeirinhas do Alviela motivado pela poluição poderá estar a chegar ao fim.
Ficou uma luz acesa no horizonte, quando Fernando Fernandes, representante da Associação de Utilizadores do Sistema de Tratamento de Resíduos de Alcanena (AUSTRA), afirmou que “desta vez a luz ao fundo do túnel não é a do comboio que nos vem arrasar a todos, mas sim a saída para a resolução dos problemas ambientais”.
O investimento estimado é de 21,2 milhões de euros englobando a construção de uma unidade de tratamento de resíduos industriais (raspas verdes); a melhoria do sistema de tratamento existente da ETAR, a remodelação da rede de colectores de águas residuais, a reabilitação da zona de lamas não estabilizadas e a protecção contra cheias na zona da ETAR.
O Presidente da Câmara de Alcanena, Luís Azevedo, afirmou aquando da sua intervenção, que desta vez não se trata apenas de um caso de intenções, mas sim de medidas concretas para acabar com o flagelo ambiental que há décadas, afecta o rio que atravessa os concelhos de Alcanena e Santarém. O autarca fez um resenha histórica do processo, reconhecendo que a industrialização desenfreada e mesmo em algumas situações desumana deixou abalos difíceis de cair no esquecimento das populações. “A agonia e a morte do rio Alviela foi a face mais mediática e triste do problema”, lamentou o edil.
Já houve um investimento de 70 milhões de euros durante as duas últimas décadas no sistema de Alcanena, entretanto o problema nunca ficou resolvido por inteiro. Mas agora há pretensões para a resolução do problema. Humberto Rosa, Secretário Estado do Ambiente, lamentou o arrastar do problema durante longo tempo mas agora regozijou-se com a concertação entre as várias entidades que à partida permitirá resolver a situação. O Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Rui Baleiras, também presente no acto protocolar, realçou o aspecto e o envolvimento de três programas operacionais (Centro, Alentejo e da Valorização do Território) na comparticipação dos projectos.
A configuração estrutural e orçamental dos projectos está assim anunciada:
.Unidade de Tratamento de Resíduos Industriais. Tem como promotor a AUSTRA e um orçamento de 2,6 milhões de euros, com comparticipação prevista de fundos europeus de 70 por cento.
.Melhoria da eficiência do sistema de tratamento da ETAR de Alcanena. Obra da AUSTRA. Investimento de 7 milhões de euros, com financiamento comunitário previsto de 60 por cento.
.Remodelação da rede de colectores de águas residuais. O investimento é de 5,9 milhões e a AUSTRA terá uma comparticipação máxima de 70 por cento.
-Reabilitação da zona de lamas não estabilizadas. Obra da responsabilidade da ARHT. Tem um valor de 5 milhões de euros e aguarda aprovação da candidatura para financiamento em 70 por cento pela União Europeia. Com conclusão prevista para Dezembro deste ano.
.Defesa contra cheias na zona da ETAR. Projecto do INAG, com um valor de 777 mil euros. Conclusão prevista para Abril de 2010.
.Reconstrução da cascata do Mouchão de Pernes. Obra da responsabilidade do INAG com um valor de 917 mil euros. Estando prevista a conclusão para Junho de 2010.
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