terça-feira, 20 de março de 2012

Empresas

Citave em Tomar prepara despedimento coletivo
O despedimento coletivo de 77 dos pouco mais de cem trabalhadores da Citaves, matadouro de aves situado na Zona Industrial de Tomar, completa-se a 06 de maio, mas a parte da produção já não funciona, disse hoje fonte sindical. António Hipólito, do Sindicato da Industria Alimentar, disse à agência Lusa que o período de pré-aviso de despedimento enviado aos trabalhadores com menos de 10 anos de serviço na empresa termina a 21 de abril, prazo que se estende até 06 de maio para os funcionários com mais de 10 anos na empresa. Contudo, afirmou, a unidade está já reduzida à parte de escritório e expedição, onde se manterão 35 funcionários, tendo cessado o abate e desmanche de aves. Segundo António Hipólito, os funcionários abrangidos pelo despedimento coletivo vão fazendo alguns trabalhos na empresa e têm vindo a gozar os seus períodos de férias, o que, afirmou, os penaliza duplamente, já que não vão receber remuneração relativa às férias e perdem o direito aos dois dias por semana instituídos na lei para poderem procurar trabalho. O sindicalista lamenta que não tenha sido possível constituir uma comissão representativa, que, no seu entender, teria permitido negociar melhores condições para os trabalhadores abrangidos pelo despedimento coletivo. A empresa entrou em "lay-off" em novembro do ano passado, tendo os trabalhadores da linha de abate de frangos ficado parados durante dois dos cinco dias da semana até ao passado dia 01 de fevereiro, altura em que a empresa confirmou a decisão de acabar com a produção nesta unidade. A Citaves, pertencente ao grupo Valouro, não terá resistido às dificuldades provocadas por uma redução da procura de aves abatidas e à consequente diminuição de faturação.
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