domingo, 9 de novembro de 2008

Protesto de Docentes



Imagem: A. Anacleto
Mais de uma centena de milhar de professores inundam a capital lisboeta e marcaram mais uma greve nacional para 19 Janeiro e protestos a realizar nas capitais de distrito na última semana deste mês de Novembro.

Este sábado, milhares de professores ocorreram ao centro de Lisboa, naquele que foi descrito como o maior protesto de sempre desta classe. Sem números oficiais emanados pelo comando geral da polícia, os organizadores garantiram que estiveram na marcha, entre a Praça do Comércio e o Marquês do Pombal, pelo menos 120 mil professores e educadores.
O protesto deve-se ao sistema de avaliação, que a ministra continua a garantir que não será revogado. Para 19 de Janeiro, ficou marcada mais uma greve nacional de professores a realizar nas capitais de distrito
A concentração começou no Terreiro do Paço ainda antes das 14h30. Três horas depois, a frente de uma imensa coluna humana chegava à rotunda do Marquês do Pombal. «Ainda há gente que não conseguiu sair da Praça do Comércio», dizia um dos elementos da organização nos microfones, anunciando à multidão
A palavra «ministra» foi a palavra de ordem gritadas. Em quase todas se pedia a sua demissão. Mário Nogueira, da Plataforma Sindical dos Professores, só conseguiu chegar à frente da marcha quando esta estava a meio da Avenida da Liberdade, devido ao elevado número de manifestantes. «Será inconcebível se o Governo não tirar consequências», disse aos jornalistas o dirigente sindical. No entanto a ministra da Educação, mostrou-se intransigente na sua reacção ao protesto, garantindo mesmo que o sistema de avaliação de professores é para continuar.
Os manifestantes aprovaram a realização de uma greve nacional a 19 de Janeiro, assim como a protestos nas capitais de distrito na última semana de Novembro. Durante este ano lectivo, deverá ainda ser agendada uma nova marcha nacional.

«Não há entendimento possível com esta gente»

No palco montado na rotunda do Marquês do Pombal, Mário Nogueira reagiu às afirmações da ministra da Educação. «Não haverá da nossa parte nenhuma abertura que não seja para a suspensão desta avaliação e de imediato. E aquilo, colegas, que a senhora ministra disse agora, que não vai haver suspensão da avaliação, vai ter que assumir a responsabilidade de dizer isso», citou o sindicalista.
«Neste momento não há espaço para meios-termos, nem meias conversas. Não há entendimento possível com esta gente», afirmou.
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Reportagem: A. Anacleto