Na sequência da consulta, que temos vindo a realizar ao livro sobre os Jogos Florais do concelho de Alcanena - 2008, transcrevemos na íntegra mais um trabalho de prosa da autoria de Maria Vitória Rosa Silva Ferreira.
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A. Anacleto
Liberdade
Falai de liberdade, falai,
Mas perguntai!
Perguntai, ao negro e ao índio o que é a falta dela.
Ao judeu, que quase foi exterminado.
Ao poeta, que para seus versos usou tanta imaginação,
Que escreveu nas entre linhas.
Ao político, que dos seus ideais quase teve de abrir mão e ainda assim foi preso.
Ao nosso Zeca Afonso, Manuel Alegre, Sérgio Godinho, Paulo de Carvalho, Janita Salomé e Vitorino, não esquecendo outros mais que tanto cantaram o que sonharam ser liberdade.
Ao pintor, que tanta revolta expressa nas suas telas.
Às nossas mulheres, sim perguntai a elas?
Se ainda agora e como se sentirão livres?
A todos aqueles que, de revolucionários e de descontentes, sempre, de algum modo, se sentirão aprisionados.
Ao religioso que por isso, pelo credo praticado, é olhado de lado, por seres que a todos se sentem superiores.
Ao doente, já de si enfraquecido, se sente livre de decidir, no meio desta multidão, que somos nós todos, os que queremos tanto ser livres e que tanto aprisionamos.
E AGORA QUE LIBERDADE É ESTA?
SERÁ ALGUMA VEZ TOTAL?
ACHO QUE NÃO!
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Maria Vitória Rosa Silva Ferreira – 2º Prémio - Prosa
in Livro “XXII Jogos Florais do Concelho de Alcanena”
Falai de liberdade, falai,
Mas perguntai!
Perguntai, ao negro e ao índio o que é a falta dela.
Ao judeu, que quase foi exterminado.
Ao poeta, que para seus versos usou tanta imaginação,
Que escreveu nas entre linhas.
Ao político, que dos seus ideais quase teve de abrir mão e ainda assim foi preso.
Ao nosso Zeca Afonso, Manuel Alegre, Sérgio Godinho, Paulo de Carvalho, Janita Salomé e Vitorino, não esquecendo outros mais que tanto cantaram o que sonharam ser liberdade.
Ao pintor, que tanta revolta expressa nas suas telas.
Às nossas mulheres, sim perguntai a elas?
Se ainda agora e como se sentirão livres?
A todos aqueles que, de revolucionários e de descontentes, sempre, de algum modo, se sentirão aprisionados.
Ao religioso que por isso, pelo credo praticado, é olhado de lado, por seres que a todos se sentem superiores.
Ao doente, já de si enfraquecido, se sente livre de decidir, no meio desta multidão, que somos nós todos, os que queremos tanto ser livres e que tanto aprisionamos.
E AGORA QUE LIBERDADE É ESTA?
SERÁ ALGUMA VEZ TOTAL?
ACHO QUE NÃO!
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Maria Vitória Rosa Silva Ferreira – 2º Prémio - Prosa
in Livro “XXII Jogos Florais do Concelho de Alcanena”
