domingo, 8 de junho de 2008

Mística Benfiquista!...



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A convite honroso do amigo benfiquista Mário Ferreira, deslocámo-nos a terras de Atalaia – V. N. da Barquinha, para fazer reportagem da inauguração das novas instalações do Museu Glorioso Benfiquista, propriedade deste nosso amigo.
Ficámos mais uma vez deslumbrados com o espólio patente nas novas instalações do Museu. De facto, reconhecemos que existe um enorme amor à causa mística benfiquista por parte de Mário Ferreira, com o feito desta grandiosa obra.
Estiveram presentes além de diversos convidados, Alberto Miguéns do Jornal “O Benfica” e Artur Santos, glória da equipa benfiquista das décadas cinquenta / sessenta. Foi campeão europeu na primeira vitória do Benfica nesta competição.
- Para visitar o Museu, deve ser agendado com marcações prévias, contactando o proprietário para o efeito.
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Artur Lopes do Santos
- Idade: 81(1931-03-27)
- Internacionalizações: 2
- Posição Defesa
Nasceu em Paço de Arcos. Artur Santos, exemplaríssimo jogador, marcou a retaguarda benfiquista ao longo da década de cinquenta. Vigoroso, eficiente, disciplinado, impositivo, à direita ou ao centro, atravessou várias sensibilidades técnicas. Teve vários técnicos, tais como Ted Smith, Cândido Tavares, Alberto Zozaya, Ribeiro dos Reis, José Valdivieso, Otto Glória e Bélla Guttmann.
Começou nos Onze Unidos, em Paço de Arcos , mas o chamamento do Benfica não o deixou indiferente. Treinou-se à experiência no Campo Grande e logo veio a integrar a equipa júnior, orientada pelo antigo guardião Cândido Tavares. Na época subsequente à conquista da Taça Latina, subiu a sénior, estreando-se em Novembro de 50, devido a uma lesão de Jacinto.
Em 1954, Artur Santos passou ao eixo da defensiva, com o propósito de substituir Félix Antunes, que havia sido suspenso pelo clube por provada indisciplina. A tarefa era de alta responsabilidade, mas a resposta foi altamente positiva.
Em 11 temporadas ao serviço do Benfica, venceu quatro Campeonatos e seis Taças de Portugal. Já no dealbar da década de 60, com o estatuto de internacional, associou o seu nome à conquista da Taça dos Campeões Europeus. Modelava com chave de ouro uma carreira caracterizada pela regularidade.
Ostentou várias vezes a braçadeira de capitão, em quase três centenas de jogos na turma principal do Benfica, prova inequívoca da sua faceta de líder e do seu comportamento exemplar. “Nunca marquei um golo, é verdade, mas os tempos, esses, eram outros, sendo que o mais importante era cumprir no plano defensivo e, nesse aspecto, acho que não desmereci”. Não desmereceu mesmo. E bem mereceu também aquela festa de homenagem, a 8 de Outubro de 1961, com o Chaux-de-Fonds, da Suiça, na despedia oficial.
Com uma comovente e militante atitude benfiquista, Artur Santos, na actualidade, é das presenças mais assíduas e notadas nas múltiplas jornadas de confraternização, que amiúde ocorrem pelo país e até pelo estrangeiro. Tudo porque vive e viverá sempre para o seu Benfica.
Carreira:
- Épocas no Benfica: 11 (50/61)
- Jogos: 284
- Títulos: 1 Taça dos Campeões Europeus, 4 Campeonatos Nacionais e 6 Taças de Portugal
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A. Anacleto