“A Errante”
Caiu, levantou-se… Voltou a cair
Errou, perdoaram-lhe… Voltou a errar
Perdeu-se na estrada ao fugir
Encontrou-se quando não se podia salvar.
Suplicou por um perdão inexistente
Aos céus que lhe iluminaram a vida
E já procurando uma Paz ausente
Desertou num caminho de perdida.
Não há poderes para lhe abrir a porta
Não há caminhos que lhe não ensinassem
E para ela já pouco lhe importa
Que fosse a ela ou outras que salvassem
Ignorá-la é um desejo profundo
É assim que traça o seu destino
Infeliz a Luz que a trouxe ao mundo
Para exemplo de um ser feito menino.
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Nazaré Henriques
in Jornal "O Alviela" - Suplemento Jornal da Louriceira - 08.07.1993
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A. A.