sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Visita Presidencial

Cavaco Silva inaugura espaço de ciência nos Olhos de Água.
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Após ter sido anunciada a visita à cinco meses atrás do Presidente da República para inaugurar o Carsoscópio no Centro de Ciência Viva dos Olhos de Água, na freguesia de Louriceira -Alcanena, a visita oficial vai finalmente acontecer amanhã sábado. Além do Presidente da República, Prof. Cavaco Silva, estará também presente oficialmente na inauguração o Ministro da Ciência, Mariano Gago.O vice-presidente da câmara Eduardo Marcelino disse que o adiar da cerimónia deveu-se a dificuldades em conciliar as agendas de Cavaco Silva e de Mariano Gago. Situação que só agora foi ultrapassado. O impedimento de inaugurar o espaço não surgiu só agora. A abertura do espaço temático já tinha sido prevista para o ultimo tremestre de 2005, mas nessa altura dificuldades financeiras levaram ao adiamento da conclusão das obras e a uma espera de dois anos.A maior atracção no Carsoscópio, que abrirá ao público no domingo, é o Geódromo, um simulador que leva o visitante a uma viagem de 175 milhões de anos, desde o tempo dos dinossáurios até ao século XXI. A placa elevatória permite ver as profundezas das grutas e o embate de um meteorito na Terra. O percurso de hora e meia começa nas grutas onde vivem os morcegos. Ali, no Quiroptário, é possível perceber o modo de vida dos animais. Existe, por exemplo, um capacete de orelhas enormes, que permite experimentar a audição dos morcegos. Os visitantes poderão também experimentar um capacete que, aliado a uma venda nos olhos, permite ter a experiência da orientação através de sonar usada pelos pequenos mamíferos. A viagem segue para o Climatógrafo, uma visão tridimensional sobre a nascente dos Olhos de Água, formada por vários veios de água, cuja origem continua um mistério. O complexo tem estado a funcionar nos últimos cinco meses a título experimental. Cerca de cinco centenas de crianças de diversas escolas já visitaram aquele espaço.O projecto começou a ser imaginado em 1986. A ideia foi ganhando raízes mas perdeu tempo e em 2001 a candidatura ficou suspensa. Quando finalmente foi possível avançar, em 2003, o projecto era candidatável apenas a um financiamento de fundos comunitários de 50 por cento, sendo o restante valor coberto pela autarquia, uma vez que já não existia apoio financeiro estatal (que inicialmente cobria a restante metade). O custo total rondou os 1,1 milhões de euros, “sem o edifício”. Eduardo Marcelino fala na concretização de um projecto que representou um peso financeiro para a autarquia. A câmara pretende que a partir de 2009 o Centro de Ciência Viva seja auto-suficiente, ou seja, que consiga arrecadar receitas suficientes para fazer face às despesas. Actualmente está a ser feito um esforço financeiro com o pagamento do pessoal o qual não foi revelado aos órgãos da comunicação social.
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in "O Louriceirense"